As sete últimas Palavras de Cristo na Cruz O Quarteto Arabesco apresenta a obra “As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz” de Joseph Haydn numa interpretação historicamente informada em instrumentos da época. Esta obra resultou de uma encomenda de 1786 por um cónego de Cádis, para ser apresentada na cerimónia litúrgica de Sexta-feira Santa. Esta obra é ímpar na história da música europeia, pela sua singularíssima estrutura. Constitui-se por uma introdução e sete Sonatas instrumentais – correspondentes às sete frases pronunciadas por Cristo durante a crucificação –, finalizando-se com um extraordinário andamento rápido final de grande impacto dramático, o Terramoto. Os compassos iniciais de cada uma das Sonatas, embora apenas instrumentais na sua origem, são na verdade adaptações do texto das palavras de Cristo, respeitando a sua métrica e acentuação. A associação íntima da música ao texto pretende que os ouvintes sejam envolvidos pelas palavras, mesmo que apenas sugeridas, e sintam a meditação sugerida. É uma das obras mais apreciadas do repertório Clássico em geral e da obra de Haydn em particular. Esta obra permite que, como dizia S. Paulo, que "tenhamos em nós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus", ou como Santo Inácio diz também, "tenhamos dor com cristo doloroso, permitindo-nos estar com Cristo que se entrega, com Cristo que é perseguido, acusado, condenado e morto. Acompanhar Jesus com a nossa proximidade e compaixão, aceitando a cruz com Jesus". |